
Cá Vamos Nós (outra vez)!
Dói… mas dói mais ficar longe. Acho que isto é muito humano. Já ouvi alguém dizer que só mudamos quando a dor de mudar se torna menor do que a dor de continuar na mesma.
Ver o meu pai, com 75 anos, a lutar com a sua saúde, o corpo a gritar que já chega de certos alimentos e bebidas que já não consegue processar, e ainda assim vê-lo a comer e beber o que não deve, acreditando que os comprimidos o vão salvar.
Eu sei como esta história acaba. Eventualmente, os comprimidos vão deixar de fazer efeito ou até causar o efeito contrário, piorando ainda mais a situação. Mas sei perfeitamente que não adianta sequer tentar dizer nada, porque como diz o ditado português, “O pior cego é aquele que não quer ver.”
É fácil ver soluções para os outros; mas quando se trata de nós próprios, podemos ser igualmente ceg@s. Resistimos à mudança, procuramos o conforto, a segurança do que conhecemos, mesmo quando já não nos serve.
Esta canção fala de padrões, ciclos kármicos, ou o que quiserem chamar-lhes. Ações que continuamos a repetir, mesmo sabendo que nos magoam, mas que, por alguma razão, não conseguimos deixar de fazer. Mas fala disto com sentido de humor. Ver o humor, o ridículo, nos nossos padrões mais escuros e dolorosos é o início da mudança. Quando começamos a levar-nos menos a sério, abrimos espaço para que a transformação aconteça.
Portanto Here We Go Again é o começo dessa mudança — não só no tom, mas também na energia. É mais leve, menos séria e densa do que os outros singles. É o início da aceitação do que é, para finalmente abrirmos espaço ao que pode vir a ser.
Here we Go Again, disponível aqui.